Os assistentes virtuais como Alexa e Siri têm se tornado cada vez mais presentes em nossas vidas, facilitando tarefas do dia a dia e tornando a interação com a tecnologia mais intuitiva.
No entanto, surgiram dúvidas e preocupações sobre até que ponto tais dispositivos estão realmente ouvindo nossas conversas e o que fazem com esses dados.
Um vídeo viral nas redes sociais mostrou como o alto-falante da Alexa grava trechos de voz nos quais a palavra de ativação não é mencionada.
Esse fato levantou dúvidas sobre a privacidade dos usuários e como tais interações estão sendo registradas e armazenadas.
De acordo com a política da Amazon, os áudios não são armazenados ou enviados para a nuvem, a menos que a palavra de ativação seja detectada.
Porém, a criminóloga María Aperador descobriu que alguns áudios não seguiram essa regra, o que levanta preocupações sobre a segurança dos dados dos usuários. Veja abaixo:
Uma publicação compartilhada por María Aperador | Criminología (@mariaperador)
David Arroyo, pesquisador especializado em cibersegurança, explica que, embora os sistemas de reconhecimento de voz sejam projetados para identificar a palavra de ativação, ainda podem ocorrer falsos positivos.
Isso acontece devido a diferentes sotaques, formas de falar e variações no ambiente em que o dispositivo está localizado.
Um estudo realizado na Alemanha destacou as ativações acidentais nos alto-falantes inteligentes e a necessidade de aprimorar a tecnologia para evitar problemas de privacidade.
Apesar de não haver evidências de que os dados das conversas estão sendo utilizados de forma indevida, a preocupação com a privacidade dos usuários permanece.
Os especialistas concordam que, se os dispositivos começarem a processar os dados das conversas para extrair informações além da palavra de ativação, isso representaria um sério problema de privacidade. Mas, até o momento, não há evidências de que isso ocorra.
Vale a pena ressaltar que os assistentes virtuais como Alexa, Google e Siri são projetados para melhorarem e facilitarem a interação do usuário com a tecnologia.
Contudo, a privacidade e a segurança dos dados das pessoas devem ser sempre prioridades, e as empresas responsáveis por esses dispositivos precisam garantir que as informações dos usuários sejam protegidas e utilizadas de forma ética e transparente.
Com informações de O Globo.
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